Reutilizar
Jogar algo que pode ser
recriado diretamente no lixo esvazia as chances de se aproveitar todas as
possibilidades de um mesmo objeto. Móveis podem ganhar novas roupagens e
funções, porcelanas repletas de parafina podem iluminar o ambiente como velas
estilizadas, folhas de rascunho podem virar cadernos e blocos de anotação…
aproveite a internet, ótima ferramenta para encontrar boas ideias de
reutilização e reaproveitamento. Buscar novos significados para os pertences é
um excelente convite à criatividade e ajuda a diminuir a demanda de consumo que
alimenta as cadeias produtivas, polui o meio ambiente e prejudica a sociedade.
Reciclar
Colocar objetos em um novo
ciclo de produção: eis o que se faz ao “re-ciclar”. Diferentes técnicas de
reciclagem constituem um mercado que gera empregos, economiza energia e origina
matérias-primas para fabricação de outros bens – o que é mais econômico e sustentável
do que começar o ciclo do zero, com recursos extraídos primariamente da
natureza. A coleta seletiva doméstica tem um papel importante nisso tudo. Em
casa, duas lixeiras são o suficiente: uma para os resíduos orgânicos – como
cascas de frutas e restos de verduras que pode ser transformados em adubo por
meio de compostagem no quintal – e outra para os secos.
Quando os resíduos são separados corretamente, o
índice de aproveitamento passa de 70%. Exigir programas de reciclagem dos
governos locais também é essencial para que o objetivo final seja de fato
atingido. Uma pesquisa do Ipea apontou que apenas 8% dos município brasileiros
têm estrutura para reciclagem. O alumínio é o campeão no País, com índice de
90%. Isso se deve ao alto valor de mercado de sua sucata, associado ao elevado
gasto de energia necessário para a produção de alumínio metálico. Para o
restante dos materiais, à exceção das embalagens longa vida, os índices de
reciclagem variam entre 45% e 55% (saiba mais sobre a reciclagem de embalagens
longa vida neste post)
O que também é importante:
Reduzir
A primeira atitude do consumo
responsável é questionar a real necessidade de determinada aquisição, seja de
produtos, seja de serviços. Escolher aqueles que duram mais ou são
reutilizáveis e abolir a compra por impulso evita desperdícios e diminui a
quantidade de resíduos gerados. Não é de hoje que a literatura usa o jogo de
palavras para rimar e distinguir os verbos “ser” e “ter”. Gente que experimenta
a simplicidade no cotidiano sabe que ter menos pode ser mais prazeroso. Um bom
começo é reduzir o uso de embalagens, preferir produtos a granel àqueles
embalados em isopor e plástico, evitar o “troca-troca” de celulares e
computadores e repensar a quantidade de brinquedos que abarrotam os quartos das
crianças. Palavra de ordem por uma vida menos superlativa e mais bem vivida.
Recusar
Para uma sociedade com menos
resíduos muitas vezes é necessário – e possível – dizer não. Por exemplo:
recusar o excesso das famigeradas sacolinhas plásticas no supermercado é um bom
começo. É hábito colocar até mesmo compras minúsculas em sacolas plásticas
desproporcionais, completamente dispensáveis (por exemplo, ao comprar
cartela de remédios na farmácia ou um chocolate na padaria).
Redesenhar
Empresas e indústrias também
devem entrar no jogo e investir em projetos inteligentes que alterem a forma
como suas mercadorias são produzidas. Processos que consomem menos água e
materiais, embalagens e produtos mais fáceis de serem reciclados e esforços para
uma gestão adequada de resíduos são pontos importantes.
Reparar
Uma forma de reagir à cultura
do descartável é investir no conserto de objetos quebrados em vez de comprar
novos – exigentes de muita energia e matéria-prima extraídas de um planeta que
já acenou sua finitude.
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