Imagem: Obvious Magazine |
Possivelmente você nunca ouviu
falar, mas, a cada três anos, há uma edição de um mega encontro internacional
que reúne representantes de diferentes países, representantes do poder público,
empresas, acadêmicos e ONGs para debater um grande tema principal: água. O
Fórum Mundial da Água teve sua última edição na Coreia, em 2015; e, em 2018,
acontecerá aqui, em Brasília, em meados de março.
Imagem: World Water Forun 8 |
Mas por que, então, será o “ano
da água” no Brasil? Qual a importância desse evento?
O Fórum acaba sendo o ápice da
troca de conhecimento e de advocacy político
que gira em torno dos temas relacionados a recursos hídricos. É o momento em
que os “fazedores de política” se reúnem para discutir impactos de ações governamentais
na gestão de água. É o momento em que as empresas trocam informações e casos de
negócio sobre o manejo de tecnologias relacionadas a recursos hídricos. É
quando os acadêmicos debatem sobre suas pesquisas acerca do tema. E onde os
ambientalistas pressionam para que todos os demais subam suas barras.
O 8º Fórum Mundial da Água foi um dos pontos da Reunião de Dirigentes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), realizada nessa na Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília. Imagem: World Water Forun 8 |
Ter um evento deste porte no
Brasil – o primeiro, em 8 edições, que acontecerá no hemisfério sul, diga-se de
passagem – é um privilégio não só simbolicamente, do ponto de vista
internacional, mas para reaquecer o tema internamente. Lembremos que faz pouco
mais de dois anos da maior tragédia ambiental já ocorrida em solo brasileiro,
intimamente ligada à gestão econômica de um setor extremamente impactante junto
a uma bacia hidrográfica vital para a região. Lembremos que os níveis de
distribuição de água limpa e, principalmente, de coleta e tratamento de esgoto
no Brasil são indesculpavelmente baixos e que perdemos uma parcela inaceitável
de água na sua distribuição. Lembremos que, apesar do país concentrar cerca de
1/5 do total de água doce disponível no mundo, diversas regiões têm estresse
hídrico elevado, levando a casos extremos como o que acontece, atualmente, no
semiárido nordestino ou que houve há dois anos em São Paulo.
Dois anos da tragédia derramada no Rio Doce.
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Baixos níveis de armazenamento de água em um dos reservatórios do Sistema Cantareira responsável pelo abastecimento de água em São Paulo. Reprodução: UOL Notícias. Imagem: Rahel Patrasso/Xinhua |
A discussão sobre recursos
hídricos é, portanto, sempre um imperativo. E essa possibilidade poderá ser
reacendida com o Fórum em março do ano que vem. O tema central da edição é
“compartilhando água”. Abrangente o suficiente para abraçar todos os atores,
mas, ao mesmo tempo, direto ao ponto: sem a cooperação das partes envolvidas,
não será possível que todos desfrutemos desse bem fundamental.
Imagem: SOS Mata Atlântica |
Para conhecer mais sobre o
Fórum, acesse o site o oficial do evento clicando aqui, ou
acompanhe através da página no Facebook clicando aqui.
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